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Pobreza energética: lanterna solar australiana chega às áreas mais afetadas
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Pobreza energética: lanterna solar australiana chega às áreas mais afetadas

Instituição beneficente australiana usa experiência em projeto, engajamento comunitário e parceria para combater a pobreza energética.

por Drew Turney
Sustentabilidade - 02 fev. 2021 - 5 min leitura
energy poverty solarbuddy two boys using the lights
Dois meninos de Ghana estudando com as lanternas SolarBuddy. Cortesia da SolarBuddy.

Um dos tipos mais comuns de pobreza não é a escassez de alimentos ou de trabalho. É a falta de acesso suficiente à iluminação, também conhecida como pobreza energética. Aproximadamente uma entre cinco pessoas no mundo (PDF, pág. 4) tem pouco ou nenhum acesso à rede elétrica. Elas precisam queimar querosene ou combustíveis sólidos para ter iluminação depois do pôr do sol – uma prática que gera 190 milhões de toneladas de CO2 por ano.

“A pobreza energética é um dos piores tipos de pobreza”, afirma Johnathan Lamb, gerente de projeto e desenvolvimento da SolarBuddy, uma organização australiana sem fins lucrativos empenhada em levar iluminação aonde é mais necessária. “Toda noite, mais de 700 milhões de pessoas ficam na escuridão total e, geralmente, dependem de formas de energia nocivas como o querosene. As famílias chegam a gastar até 40% de sua renda em combustível para cozimento de alimentos e iluminação, e isso só aumenta o ciclo da pobreza. O combate à pobreza energética ajuda a reduzir o ciclo da pobreza e é essencial em um mundo sustentável e justo.”

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Distribuição de lanternas SolarBuddy no Camboja em 2018. Foto de Jitnapa Phommaha, cortesia da SolarBuddy.

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Crianças na aldeia flutuante de Prek Toal, no Camboja, mostrando suas lanternas SolarBuddy. Foto de Jitnapa Phommaha, cortesia da SolarBuddy.

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Distribuição de lanternas SolarBuddy em Papua Nova Guiné em 2019. Cortesia da SolarBuddy.

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A equipe da FCM Travel Solutions Asia associou-se à SolarBuddy em uma campanha de 2018 que levou iluminação noturna a 450 crianças, como estes alunos da escola primária de Khneas, em Siem Reap, no Camboja. Foto de Jitnapa Phommaha, cortesia da SolarBuddy.

A pobreza energética tem um impacto enorme nas crianças. Nos países emergentes, elas também estão expostas às mesmas emissões nocivas, problemas respiratórios e queimaduras que os adultos (4,3 milhões de pessoas morrem todo ano por problemas causados pela poluição do ar em ambientes fechados). Além disso, a falta de acesso a iluminação adequada reduz o tempo de estudo, o que afeta a educação das crianças.

Haja luz

Johnathan Lamb e seus colegas querem mudar isso. A solução da SolarBuddy é uma lanterna portátil simples que pode durar até dez anos e, portanto, acompanhar a criança durante toda a idade escolar.

Com sede em Brisbane, na Austrália, e atuação nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Índia e em Vanuatu, um país insular do Pacífico, a empresa surgiu em 2011 quando o inventor e empreendedor social Simon Doble leu na revista Time que mais de um bilhão de pessoas viviam sem iluminação segura e confiável. Desenhista industrial por formação, Johnathan Lamb ingressou na empresa em 2018.

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Distribuição na aldeia flutuante de Prek Toal, no Camboja, em abril de 2019. Foto de Jitnapa Phommaha, cortesia da SolarBuddy.

A SolarBuddy distribuiu 125 mil lanternas a crianças de Papua Nova Guiné, Camboja, Zimbábue e República Dominicana. Também enviou muitas outras para Vanuatu, Índia, Timor, Tailândia, Mianmar, Nepal, Tibete e vários países da África. Está funcionando. O estudo da SolarBuddy em Papua Nova Guiné mostrou que as crianças passaram a estudar por um período 78% maior com as lanternas solares. Também houve grande melhora na retenção das informações, nas notas, na saúde e no bem-estar dos alunos.

No entanto, Johnathan Lamb comenta que um dos maiores desafios relacionados à pobreza energética é o fato de ser pouco conhecida. “Precisamos informar e conscientizar as pessoas sobre o problema”, comenta. “Nos nossos programas de Eventos e Educação, qualquer pessoa, desde um estudante a um executivo, pode montar as lanternas e escrever cartas para as crianças que moram em regiões atingidas pela pobreza energética.”

Em 2019, a SolarBuddy atraiu a atenção da Autodesk Foundation, que montou uma equipe para ampliar o alcance da campanha. Mais de 3 mil funcionários da Autodesk montaram o produto principal da SolarBuddy. A Autodesk também forneceu software para aprimorar os projetos de produto, aplicando a experiência da empresa em diversas áreas profissionais. O resultado foi muito gratificante: um acréscimo de 7 milhões de horas de estudo com iluminação para as crianças.

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Crianças com lanternas SolarBuddy em uma escola do Camboja em 2018. Foto de Jitnapa Phommaha, cortesia da SolarBuddy.

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Nas terras altas de Papua Nova Guiné, as crianças comemoram com suas lanternas SolarBuddy. Cortesia da SolarBuddy.

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Criança estudando com a lanterna SolarBuddy em Madagascar em 2018. Foto de Tiam.co, cortesia da SolarBuddy.

Pequeno por fora, grande por dentro

O projeto de vanguarda da SolarBuddy é a JuniorBuddy: um produto extremamente resistente, durável, à prova d’água, fácil de montar e próprio para crianças. A JuniorBuddy também precisa ser adaptável. Muitas regiões classificam o lítio como material perigoso. Por isso, a fabricação da JuniorBuddy precisa acomodar várias tecnologias de bateria, sem a necessidade de usar estojos diferentes para atender aos diversos mercados.

O modelo original foi criado em 2016 e uma nova atualização deverá maximizar o impacto social do produto. “O novo projeto vai reduzir o tempo necessário para controle de qualidade e aprimorar os componentes eletrônicos para tornar o produto mais durável e fácil de usar”, afirma Johnathan Lamb. “Também era nossa intenção torná-la mais versátil para atender a outras finalidades, principalmente a assistência em caso de catástrofes. Quando prestamos auxílio nos incêndios florestais na Austrália e no ciclone Harold em Vanuatu, percebemos como podem ser úteis nessas situações.”

A economia de material e de custos também era uma prioridade. O novo projeto trouxe a inovação da embalagem que também funciona como um sistema de filtragem e transporte de água. Antes de iniciar a produção, a equipe usou o Autodesk Moldflow Insight para simular em meio virtual o processo de fabricação. Isso permitiu otimizar o novo projeto para reduzir o custo das peças e os defeitos de fabricação.

Colaboração virtual

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O fundador da SolarBuddy, Simon Doble, e outros integrantes da equipe distribuíram lanternas na África do Sul durante um evento em 2018. Cortesia da SolarBuddy.

Quando a equipe fez a reformulação total da JuniorBuddy, um aspecto importante foi a colaboração. O fluxo de trabalho e o projeto precisavam ser válidos para qualquer localização geográfica. Em um mundo devastado pela pandemia, foi preciso fazer todo o trabalho on-line e em muitos casos em tempo real, às vezes entre colegas acostumados a trabalhar juntos em um escritório ou estúdio.

O projeto de algumas peças da JuniorBuddy, como os circuitos impressos, passou por reformulação e iteração no Autodesk Fusion 360. Nessa plataforma, os engenheiros puderam submeter o projeto a um processo rigoroso de simulação e testes virtuais, fazer o protótipo das peças e enviá-las, em seguida, a impressoras 3D para confirmar o funcionamento na prática.

A SolarBuddy estabelece parcerias com escolas e empresas do mundo todo para a montagem das lanternas, que em seguida são transportadas para as regiões onde são necessárias. Os estudantes e apoiadores do projeto podem, então, trocar correspondência e receber notícias sobre as crianças beneficiadas.

Para quem vive a prosperidade do Ocidente, a antiga luta para vencer a escuridão da noite foi um desafio superado por Thomas Edison e Nikola Tesla no tempo em que nossos bisavós eram crianças. É lamentável constatar que ainda há uma carência enorme de iluminação em boa parte do mundo – mas a SolarBuddy “odeia a luz cujo esplendor já não fulgura”.

#Fabricação aditiva - #Projeto de produto - #Simulação
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